terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Pra que tantos seguidores?


Eu  sempre me interessei pela internet,  é uma área de grande interação que me possibilitou o contato com o mundo inteiro em poucos cliques. Mas eu nesses últimos dias me encontrei cansado, porém é apenas a soma que já vem desde a eleição de 2018. Foi ano passado que alcancei meu auge dentro da internet e agora chegou a hora de me afastar.

Apontar o ano de 2018 como o principal ano da minha vida na internet não seria um erro, foi no ano passado que tentei alguns projetos em redes sociais e me sentia a vontade para tentar de vez me tornar um "influencer". Entretanto, tudo foi pelo cano, não restou muito além da total certeza que a internet é um poço de inutilidade quando usada sem consciência e que muitas vezes o debate por redes sociais são como dois pavões abrindo suas caudas em um patética disputa de ego. Eu aponto  as eleições de 2018 como um marco, pois de forma negativa,  foi uma polarização geral que resultou em uma eleição trágica e mal construída que servirá de disputa até o final do mandato e inicio de uma nova disputa. Assim como muitos amigos o período eleitoral serviu como uma etapa de produção de texto, foram textos e mais textos voltados a discussão da política e sobre o que era ou não fascismo, entre outros. E tudo resultou em desgaste, relacionamentos abalados e novas visões sobre pessoas que antes eu tecia um carinho e admiração.

Com o acumulo desse desgaste vou me dirigindo para outras redes sociais. Facebook recheado de textões que desgastam e informações que enganam, fui no caminho do Twitter. A rede social do pássaro azul foi um ótimo lugar para desenvolver minhas ideias e expressar meus sentimentos. Mas então dentro de uma bolha eu percebi que não era para mim, não seria o local onde gostaria de ficar, jogado as mais diversas, e muitas vezes bobas, problematização fui inserido nos mais variados contextos e pensei que minha opinião deveria ser ouvida. O fato de dar opinião sobre tudo assola uma geração bombardeada por opiniões e noticias, a real é que não precisamos e não é saudável dar opinião sobre tudo. Não sei e nem quero saber tudo. A vida idealizada das redes sociais não é a vida real. E se desgastar por saber tudo não vale a pena.

Por último minha rede social mais utilizada é o Instagram, o criador de falsos avatares. É um local com felicidade, "ninguém é feliz o tempo todo", parece uma frase comum que é dita por críticos do Instagram, mas é verdade, porém o conceito está equivocado. Lá é sim o lugar para ti marcar suas lembranças e momentos, muitos deles são os felizes, o grande erro do Instagram está no consumo sem controle de nós, usuários que perdem horas em rolagens de feed e stories. O consumo do cotidiano idealizado alheio nos leva a crer que não podemos ter momentos ruins e tocamos a vida no automático sem parar para pensar no que nos faz feliz ou triste, além de perder o contato com o agora.

Como disse no inicio do texto eu me esgotei. Fiz uma limpa em minhas redes sociais, deixando apenas aqueles que tenham importância para mim ou que seu conteúdo me agregue em algo. Não irei mais buscar centenas de perfis para ser notado e ganhar mais seguidores, nem buscarei aprender mais sobre os algorítimos de redes sociais, meu objetivo é viver. Não quero ter que me expressar sobre o que um cara qualquer disse ou sobre o que um influencer comprou. Não vai ser esse meu objetivo. Buscarei apenas alguns momentos de entretenimento e informação, assim como levarei um pouco dos meus momentos para a rede.

Não vejo que o fim das redes sociais seja a solução, mas acredito que devemos utilizar com consciência e sabedoria. A vida de verdade não acontece em um celular ou computador. Devemos nos concentrar e dar nossas emoções para o agora e é lá que encontraremos a felicidade.

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