sábado, 26 de janeiro de 2019

Tem que acabar!!!!




Estava eu  almoçando no restaurante próximo do meu trabalho, quando percebo um senhor, com cerca de 60 anos sentado na mesa ao lado. O restaurante que almoço, normalmente é constituído de pessoas velhas que moram próximo ou pessoas que trabalham próximo(como meu caso). Então, o senhor, de regata verde, começa toda vez que vê a garçonete os questionamentos, o inicio  da sua saga, ele pergunta pra ela sobre o "dia do peixe". Segundo ele na sexta era o dia do peixe, e ele queria peixe. A garçonete, de forma educada, diz que estão fritando o peixe, mas no
buffet se encontra frango, que é tão delicioso como. Mas o senhor quer o peixe, ele precisa, em seu discurso eu percebi a necessidade de comer peixe naquela sexta feira quente de janeiro. A mulher foi e voltou, cerca de três vezes, e o peixe não vinha. Até que ela disse que não viria mais, o semblante de frustrado no rosto do senhor era nítido. Ele via televisão em seu celular. Ela a desligou, terminou seu almoço e foi embora, para um dia frustrado.

É interessante, a frustração. Eu já estava com ideia para escrever sobre frustração e coisas não mais funcionais. A pilha do meu mouse tinha acabado. Neste exato momento escrevo  na presença da peça de plástico jogada no meu canto direito, inutilizada. Qual o motivo que me faz não comprar pilhas novas? você pode se perguntar, explico; pilhas novas não bastam, chega de pilhas! eu não quero desperdiçar meu dinheiro com um cilindro metálico que não me ajuda, ele acaba nas piores horas, e o descarte desses objetos é especial, não posso simplesmente jogar no lixo. Ele faz dos eletrônicos inúteis, transformando meu mouse num peixe que nunca vem e dessa vez não quero comer frango.

Quando contei a ideia do post para minha namorada, ela me questionou das mais diversas maneiras. Mas após explicação, ela mesmo entrou em choque com tamanha quantidade de coisas inúteis que ainda temos. São desde os mais variados cabos, até panos de chão, sim panos de chão e sua infeliz utilização. Essa do pano de chão abriu minha mente, ou quebrou alguns pratos (se você já assistiu HIMYM vai entender). O pano de chão seria perfeito se fizemos um furo para ele caber de através do cabo da vassoura e não mais precisar parar e arrumar ele toda vez que caí.

Outra coisa que tem que acabar. A limitação de texto no Instagram. Queria fazer do blog algo mais "cool" e levar para rede social do momento, mas não foi possível, a quantidade que escrevo aqui não coube na legenda do Instagram. Até  pensei em tirar alguns parágrafo e editar, mas iria perder o charme. Mas enfim, não vai ser dessa vez que os textos ruins vão para o Instagram. 

Outra grande frustração do cotidiano é, polêmica, espetos. Ora, como gaúcho existe uma tradição de fazer churrasco no espeto, espetar a carne tem toda uma tecnica, que apenas o tiozão barrigudo entende. Mas por que fazemos no espeto, digo é chato e desnecessário espetar uma carne quando se tem grelha, isso mesmo, um grelha se apresenta de forma muito mais funcional para realização do churrasco, tu coloca a carne lá gira sem grandes sacrifícios e fim, está pronto. Eu voto pelo fim dos espetos!

Essas pequenas frustração e disfuncionalidades do cotidiano nos afetam. São até mesmo engraçadas e frustrantes como esperar um bacia de peixe frito. Mas, fale para mim leitor(a), qual a sua pequena frustração do cotidiano?

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Qual o grande desafio de ser pai?



Eu não sou pai e acho importante frisar isso, minha figura sempre foi a de filho. Porém, eu após terminar o jogo do ano de 2018, God of War, senti vontade de fazer algumas reflexões sobre a paternidade. Mesmo não sendo pai, eu sou filho e gostaria de falar da importância sobre a paternidade.

Os pais erram, essa afirmação pode parecer clichê e até batida, mas os pais erram, eles são seres humanos que com uma soma de sucessos e frustrações tem filhos. E de uma hora pra outra, mesmo despreparados tem que assumir uma baita responsabilidade. Eu fico percebo as pessoas utilizando uma ambiguidade quando se trata dos pais delas, ou é "meu pai, meu herói" ou é "meu pai, meu escroto culpado pelas minhas frustrações e relacionamentos merdas". Óbvio que não serve para todos, mas os pais tendem a viver essa ambiguidade na vida dos filhos. Entretanto, não vejo desta maneira, os pais erram, e existe diversos problemas quando descobrimos que os heróis da infância são humanos com erros, mas é uma descoberta que não foi feita apenas por você.

Um segundo motivo que levou a escrever sobre paternidade foi meu pai. Eu tenho a idade que meu pai tinha quando eu nasci.Mesmo assim, Eu me sinto extremamente despreparado para ser pai. Não vejo meu pai diferente de mim na minha idade, lógico, eu tive muito mais oportunidade que meu pai, mas falando na forma de responsabilidade e do preparo para criar uma criança, isso não me visualizar fazendo. Não é fácil ter um filho. A criança fica doente, toma decisões que sabemos que vai dar errado, e por muitas vezes vi a minha frustração se tornar a deles. 

Mas o que God of War tem haver com isso? Bem no novo jogo da franquia, Kratos tem um filho, o Atreus. O personagem que marcou o final da minha infância e inicio da adolescência como um símbolo de brucutu de músculo e porrada, ganhou uma responsabilidade. É interessante ver o tipo de pai que Kratos se tornou, ele lembra muito o meu pai. Eu vejo em Kratos um homem que não quer repetir os erros do seu pai, mas que em certos momentos tem atitudes semelhantes ao seu pai. O modo como trata Atreus é um exemplo disso, de forma que Kratos impõe muitas vontades e ordens ao filho, claramente com medo que o garoto erre como ele. Ele tenta guiar Atreus, mas em certos momentos  eu senti uma recuada de Kratos, que tenta não se tornar aquilo que um dia foi ou ser o pai que ele sonhou ter. Ele não quer que Atreus se corrompa.

Mesmo tentando fazer algo bom Kratos entra em conflito com o filho, e disso surgem atritos. O jovem quer descobrir o novo mundo que agora esta em sua frente, enquanto o pai já calejado não quer que o filho passe por problemas como ele. Nada mais paternal que isso. Entretanto, qual o preço disso? Você prender ou amedrontar seu filho gera quais consequências sobre ele?

Eu não gosto de ficar nessa culpa eterna de pais e filhos. Um tenta jogar frustrações para o outro, porém acho que em muitos momentos apresentamos fragmentos da nossa criação. Teremos frustrações e ás vezes desistir não é errado, sair de uma situação e tentar de novo faz parte da vida. 

Os pais vão errar e tentar defender os filhos, ou tomar atitudes que acham que vai ser o melhor, mas muitas vezes não vai ser. A vida vai nos dar traumas e cobranças, e teremos que conviver e trata-las, mas os pais vão estar lá, com sua culpa e erros, eles serão nossos pais e nós pais dos nossos filhos. Buscar uma evolução para que o amanhã seja melhor segue sendo o 
grande desafio da paternidade.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Felicidade




Eu me sinto estranho quando tento definir o que me deixa feliz. Ora, são diversas as atividades que me deixam feliz. O ser humano é complexo e ficar feliz com cinco, seis coisas me parece limitar o sentido de felicidade.Entretanto, eu tenho algo que me deixa realmente feliz. A ação de escrever e criar histórias são atividades que me deixam de uma forma que, a felicidade seria a melhor definição.

Ontem, enquanto escrevia sobre tristeza eu terminei o texto realmente feliz. Primeiro pelo fato de criar algo novo (o blog), segundo por estar escrevendo. Eu adoro escrever e criar, fazer  histórias do zero e jogar com minhas vivências sejam as da ficção ou as da vida real. Eu que estava me sentindo um pouco triste, quando escrevia sobre o sentimento da tristeza fiquei feliz por fazer o que gosto.

 Eu tenho prazer em chegar em fazer uma xícara de café e começar a escrever. Seja nas minhas histórias ficcionais (que estão paradas no momento)  ou aqui nesse novo projeto.Escrever é uma felicidade.

Eu me questionei já sobre a razão de escrever. Eu queria ser reconhecido, mas escrever é diferente, ser reconhecido pela escrita  demanda um esforço e até alguns acasos." Pois então Pablo faça outra atividade, canal no youtube, Instagram ou sei lá o que", você deve estar pensando. Mas eu não vejo a mesma felicidade nesses locais, escrever sobre meus sentimentos torna muito mais intimo, que apenas falar sobre eles.

Eu estive lendo sobre o hábito de leitura. Em um comentário uma pessoa falou que "em um livro nós temos toda grandiosidade de um filme, porém ainda sabemos o que se passa na cabeça dos personagens". Para mim essa é uma ótima definição sobre o por que ler e escrever, o sentimento tem que estar lá. É impossível ler  e escrever pensando em outras coisas. Quando se coloca sentimento em algo, quando se presta atenção de forma verdadeira e voluntária aquilo a qual nós depositamos nosso tempo a uma atividade, isso ganha um forte e marcante significado em nossas vidas.  

Com a escrita sou feliz. Até  fazendo jus ao nome do blog e escrevendo textos ruins me sinto feliz pela atividade. Pois é nela que consigo encontrar um meio para me expressar. Com a escrita consigo expurgar sentimentos que as pessoas não tem tempo ou interesse para saber sobre mim. A ansiedade que me ronda some e eu me sinto confiante quando meus dedos tocam o teclado do notebook. Mesmo após seis horas de trabalho eu acho um jeito de escrever. A escrita me proporciona falar um dia sobre tristeza e ficar feliz e um dia falar sobre felicidade e  focar na escrita. Mas não seria certo utilizar escrita e felicidade na mesma frase, já que para mim são as mesmas coisas, tanto  que até criei um blog em 2019.

Somos tristes

Os assuntos que mais vemos em noticiários são tristezas. São roubos, mortes e corrupções. Crimes motivados por ganância e as vezes necessidade. O mundo nos torna capaz de coisas que julgamos ruins e levantar um juiz da moral e ética por vezes nos joga direto para uma hipocrisia.
A tristeza é um sentimento humano. Igual aos outros sentimentos, é a tristeza temporária, o tempo em que ela se faz presente no nosso cotidiano nos torna por ora aprendizado por hora um problema. Mas não quero digitar agora sobre depressão. Eu quero falar sobre a tristeza. 

As vezes eu me pego triste. Eu tenho amigos, namorada, carro e muito daquilo que as pessoas julgam como felicidade. Somos parte de uma engrenagem, que busca criar em nós uma fome insaciável. Não podemos ser felizes com nosso corpo, nosso trabalho, nosso carro ou com as pessoas que estamos. Existe um sistema que nos joga para que sempre tenhamos a necessidade de algo que não temos.

Eu agora não consigo citar alguém que não fale que precisa de algo. A expectativa que criamos é por vezes nosso pior inimigo. Isso é um assunto que gostaria de falar mais, como não criar expectativas altas? O mundo quer que eu seja o melhor e me cobra por isso.

Eu consigo ao poucos ver que não sou a idealização de um Pablo de anos atrás. Eu sou a soma de anos de sobrevivências e vivencias que geraram o que sou hoje. E tudo bem com isso. Lógico que quero muitas coisas. Mas eu preciso saber o que sou primeiro, e aceitar para então mudar. A tristeza do mundo- como já disse- me afeta. 

Eu lembro de vários personagens quando penso em tristeza. A maior parte deles vence. Como exemplo posso citar os personagens de animes, principalmente os de Shonens, muitas vezes a estrutura segue uma sequência: Algum adversário surge, luta, o protagonista perde, fica triste e tem que buscar seu eu interior e de lá tirar força e então ele vence e a roda continua a girar repetindo as ações. Outro exemplo que posso citar é Rocky 3, no filme o boxeador tá feliz, ele virou um verdadeiro Pop Star, mas após ser desafiado ele perde, fica triste, treina e vai atrás da vingança. Essa história já foi contada das mais diferentes formas. Lutas podem virar analogia para os desafios da nossa vida, porém ainda utilizando o exemplo de Rocky, mesmo nas vitórias coisas ruins florescem. No fraco Rocky 5, o pugilista apresenta problemas de saúde devido aos anos no esporte.

O fato é a tristeza vai estar lá. Os momentos ruins vão estar lá, até mesmo nas vitórias. Seremos colocados para baixo, infelizmente o sistema nos coloca, são séculos de ganância que dificilmente serão quebradas. Como o Rocky que graças ao roteiristas, digo "avanços da medicina", pode voltar a lutar. Nós também podemos. Eu acho que a tristeza vai estar aqui e seremos consumidos por ela em vários momentos. Mas ele vai passar.
O fato é a tristeza vai estar lá. Os momentos ruins vão estar lá, até mesmo nas vitórias. Seremos colocados para baixo, infelizmente o sistema nos coloca, são séculos de ganância que dificilmente serão quebradas. Como o Rocky que graças ao roteiristas, digo "avanços da medicina", pode voltar a lutar. Nós também podemos. Eu acho que a tristeza vai estar aqui e seremos consumidos por ela em vários momentos. Mas ele vai passar.

Sou positivo?

Os meus últimos textos tem em comum uma positividade que reelendo eles muitas vezes não condiz com a minha realidade. Se você ler is...