Estava eu almoçando no restaurante próximo do meu trabalho, quando percebo um senhor, com cerca de 60 anos sentado na mesa ao lado. O restaurante que almoço, normalmente é constituído de pessoas velhas que moram próximo ou pessoas que trabalham próximo(como meu caso). Então, o senhor, de regata verde, começa toda vez que vê a garçonete os questionamentos, o inicio da sua saga, ele pergunta pra ela sobre o "dia do peixe". Segundo ele na sexta era o dia do peixe, e ele queria peixe. A garçonete, de forma educada, diz que estão fritando o peixe, mas no
buffet se encontra frango, que é tão delicioso como. Mas o senhor quer o peixe, ele precisa, em seu discurso eu percebi a necessidade de comer peixe naquela sexta feira quente de janeiro. A mulher foi e voltou, cerca de três vezes, e o peixe não vinha. Até que ela disse que não viria mais, o semblante de frustrado no rosto do senhor era nítido. Ele via televisão em seu celular. Ela a desligou, terminou seu almoço e foi embora, para um dia frustrado.
É interessante, a frustração. Eu já estava com ideia para escrever sobre frustração e coisas não mais funcionais. A pilha do meu mouse tinha acabado. Neste exato momento escrevo na presença da peça de plástico jogada no meu canto direito, inutilizada. Qual o motivo que me faz não comprar pilhas novas? você pode se perguntar, explico; pilhas novas não bastam, chega de pilhas! eu não quero desperdiçar meu dinheiro com um cilindro metálico que não me ajuda, ele acaba nas piores horas, e o descarte desses objetos é especial, não posso simplesmente jogar no lixo. Ele faz dos eletrônicos inúteis, transformando meu mouse num peixe que nunca vem e dessa vez não quero comer frango.
Quando contei a ideia do post para minha namorada, ela me questionou das mais diversas maneiras. Mas após explicação, ela mesmo entrou em choque com tamanha quantidade de coisas inúteis que ainda temos. São desde os mais variados cabos, até panos de chão, sim panos de chão e sua infeliz utilização. Essa do pano de chão abriu minha mente, ou quebrou alguns pratos (se você já assistiu HIMYM vai entender). O pano de chão seria perfeito se fizemos um furo para ele caber de através do cabo da vassoura e não mais precisar parar e arrumar ele toda vez que caí.
Outra coisa que tem que acabar. A limitação de texto no Instagram. Queria fazer do blog algo mais "cool" e levar para rede social do momento, mas não foi possível, a quantidade que escrevo aqui não coube na legenda do Instagram. Até pensei em tirar alguns parágrafo e editar, mas iria perder o charme. Mas enfim, não vai ser dessa vez que os textos ruins vão para o Instagram.
Outra grande frustração do cotidiano é, polêmica, espetos. Ora, como gaúcho existe uma tradição de fazer churrasco no espeto, espetar a carne tem toda uma tecnica, que apenas o tiozão barrigudo entende. Mas por que fazemos no espeto, digo é chato e desnecessário espetar uma carne quando se tem grelha, isso mesmo, um grelha se apresenta de forma muito mais funcional para realização do churrasco, tu coloca a carne lá gira sem grandes sacrifícios e fim, está pronto. Eu voto pelo fim dos espetos!
Essas pequenas frustração e disfuncionalidades do cotidiano nos afetam. São até mesmo engraçadas e frustrantes como esperar um bacia de peixe frito. Mas, fale para mim leitor(a), qual a sua pequena frustração do cotidiano?