segunda-feira, 29 de junho de 2020

Sou positivo?






Os meus últimos textos tem em comum uma positividade que reelendo eles muitas vezes não condiz com a minha realidade. Se você ler isso seja no Médium ou no Blog não pense que sou essa pessoa super positiva e sem resquícios de ansiedade, e super yeeaaah ( mesmo não sabendo o que significa isso). Na verdade hoje está meio triste ou sei lá, bem, essa é a introdução do texto vamos para o primeiro paragráfo de desenvolvimento.

Eu,  como você que leu meus outros textos deve saber,  fui uma das pessoas demitidas na quarentena,  e não vai ser aqui que irei me expor sobre isso. Mas infelizmente quando se tem um trabalho de CLT existem planos. Sim, eu tinha muitos planos, assim como muitos que perderam emprego, ou familiares e até mesmo a própria vida para ações que foram consequências da pandemia mundial. Mas o texto nesse caso é sobre mim, e enfim, existe sim uma baita angústia e medo. Não só de morrer para o COVID19 mas também medo de sobreviver no mundo que vai vir depois. Eu trabalho na área da cultura, que antes da quarentena já era super desvalorizada e agora com pessoas passando por dificuldades terá uma reestruturação super lenta. Então, o que eu vou fazer!?!?!? Eu amo essa área de criar e cultura e etc... Mas como sobreviver agora? Eu não sei, eu tento pensar em fazer o que está a meu alcance e planejar com isso novos objetivos. Tipo eu faço textos nesse blog e escrevo meu livro ( que agora estou revisando) com objetivo de ser reconhecido e ganhar dinheiro com a escrita, vai dar certo? Não sei, é díficil, seja no médium ou em outra plataforma tem milhões de contas e pessoas com o mesmo objetivo, mas e se eu não fizer? quem vai fazer isso por mim?

Nesse segundo paragrafo de desenvolvimento vou falar das outras atividades que faço no cotidiano. Essas outras atividades tem como principal  estudar inglês, veja só, tenho 25 anos e sei lá queria estudar algo diferente, claro que tenho uma base de inglês seja do verbo "to be" de escola pública ou das milhares de horas com videogames ou séries, mas enfim, como diz Et Bilu: -Busquem conhecimentos! Pois é Et, estou buscando, mas tem momentos que são mais díficeis que outros. Vir aqui e falar sobre meditação ou como amo escrever não exclui a angustia de não saber muito bem como vai ser daqui a um mês ou se vai ter mais um mês.  Eu faço exercícios também, na verdade é a primeira coisa que faço quando acordo. Tenho um app de exercícios, assim que acordo, o quanto mais cedo possível, faço exercícios, até semana passada após o exercício eu tomava banho gelado, isso me levou a  ter um baita problema muscular e não conseguir andar direito, eu então resolvi essa semana tomar banho quente para correr menos riscos. Não estou sendo tão otimista como o texto passado? Não sei, são tempos dífíceis, ta foda.

Eu tenho uma manhã super corrida, com exercícios, estudar inglês e revisar meu livro. Eu fiz isso ( ter essa manhã corrida) pelo motivo que eu havia planejado ter um outro projeto para tocar a partir dessa semana na parte da tarde, ele seria em  parceria com um edital, mas não rolou. Pois é, são coisas da vida. Não acho que irei fazer das minhas manhãs mais calmas sabendo que agora terei tardes livres. Vou continuar, buscar algo novo, ou não, talvez eu só precise da tarde para ficar lamentando e escrevendo textos aqui, ou vendo vídeos no tiktok e enviando para alguém. A verdade é que busco fazer coisas o tempo todo por quê temo minha ansiedade, fico com medo de estar em presença dos meus pensamentos, e  ter um momento à sós comigo mesmo. Assim como quando estou fazendo exercícios, tomando banho gelado, estudando inglês e revisando meu livro eu esqueço que estamos em uma pandemia, eu esqueço que fui demitido  e eu tenho esperança que aquilo que estou fazendo vai me levar a algum lugar.

Eu sei que ninguém lê blogspot em 2020 ou que vai descobrir meu médium.  Ou também sei que a cada dia muitas pessoas vão públicar  sua obra prima como ebook na amazon e que provavelmente meu inglês vai ter problemas quando for me expressar. Eu sei também que minhas expectativas altas muitas vezes cobrarão o preço, e me colocarão num poço cheio de escuridão e lá eu vou ficar e por duas ou três sessões de terapia irei discutir isso até me iludir e bsucar algo novo. Eu sei disso, eu não quero passar impressão que eu estou bem e que tu tenha que se sentir mal por não estar, eu sei de tudo isso. Mas eu também sei que eu tenho que tentar, eu tenho que sonhar e persistir, não é fácil, mas ninguém me disse que seria. É foda, fique bem.

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Meditação e o agora



Eu medito. Pois é, eu paro por alguns instantes deito na minha cama e coloco alguma meditação guiada no spotify e me vou, livre e preso no agora. Minha vida com a meditação nem sempre foi assim, não que eu seja um expert em meditar, mas na verdade sempre fui a pessoa com olhar torto em questões como essas de parar e refletir sobre a vida, eu pensava de maneira cética, ou talvez melhor escrevendo, eu era uma pessoa que vivia no píloto automático.

Em 2018 numa das minhas maiores crises de ansiedade, que me consumia por inteiro, eu fui aconselhado pelo meu terapeuta na época a procurar conhecer mindfuelness, ou atenção plena como é chamada aqui no Brasil. Eu comecei aos poucos e também com muita dificuldade (Como falei a crise era realmente forte)  eu não levava tão a sério, em 2019 pouco meditei também, mas então em 2020 tudo mudou.

Em 2020 entramos em uma pandemia, como bem você deve saber, tudo está mais parada, ou pelo menos deveria. Não apenas com a crise no âmbito da saúde mas também na questão financeira,  eu que estava já acostumado com meu trabalho de 44 horas semanais fui demitido, assim como muitos. E AGORA?  foi o que pensei (assim mesmo em capslock), chorei, bravejei e pensei que era então esse meu fim. Mas pensei no que poderia fazer da minha vida em casa, voltei a escrever meu livro ao qual terminei e estou revisando, eu também comecei a estudar inglês de forma integral e  a práticar exercícios em casa, assim como busquei meditar com mais frequência.  Então, todo dia eu medito antes de dormir. Veja bem essa é a minha rotina, que vai ser pauta de outro texto no futuro do blog ou médium ( Depende onde esteja lendo isso), enfim o que quero deixar claro que não é sempre que ela funciona para mim,  mas pelo menos eu tento seguir ela. Não querendo fugir do assunto, o texto de hoje é sobre meditação.

A meditação antes de dormir começou com a básica busca por "Meditação Guiada para ansiedade" ou algo do gênero no Spotify ou Youtube. Fui encontrando diversos programas no Spotify que me auxiliaram e ainda fazem a diferença, mas veja só, hoje com quase dois meses sem emprego e práticando todos os dias, eu consigo fazer meditação sozinho. Fecho meus olhos começo a respirar profundamente, inspira pelo nariz e solta pela boca, de forma lenta e com a atenção para minha respiração apenas, vem pensamento e vai pensamento e eu percebo que sou mais do que apenas pensamentos, eu sou tudo que abrange meu corpo. Passando a primeira etapa começo a repetir mantras que aprendi com o ho'oponopono, principalmente são os " Eu me amo, eu me perdoo e eu sou grato",  repetindo isso eu acalço uma paz, me permito a me amar e me perdoar e principalmente agradecer por aquele momento. Por último eu sinto a necessidade de me fortalecer e crer que sou capaz de qualquer coisa e tudo bem se não alcançar um objetivo, eu me amo e estarei lá para me perdoar e agradecer quando conquistar algo ou até quando nada vier de volta. Ao terminar me sinto pronto para qualquer coisa, é fantástico.

Ao fazer esse ritual minhas noites tem sido mágicas e calmas. Eu sinto meu corpo ir além do píloto automático, meu corpo vive. Claro que existem diversas explicações científicas e são bem interessantes, mas eu me sinto vivo quando prático isso. Respirar é talvez um dos mais básicos movimentos que fazemos e o mais poderosos, ao concentrar em sua respiração indepedente de qualquer pensamento tu estará no presente, eu estive e estou no aqui e agora, mesmo com meus traumas do passado e os medos do futuro, ao respirar e sentir, eu estou aqui.


Esse texto talvez possa te ajudar, para mim é fantástico pois isso que faço aqui é respiração é meditação no ato de escrever. Cada palavra tem sua atenção, essa atividade de digitar em um teclado me leva para o agora, e
me faz muito bem. Fique aqui no agora, se perdoe e não tema, estaremos aqui, a meditação vai estar sempre para ti se acalmar. Fique bem.

quarta-feira, 3 de junho de 2020

A arte de escrever






Eu gosto muito da definição de arte ser algo que nos cause emoções, desde estranhamento até  admiração. E a escrita é uma arte não só para aquele que lê como também para aquele que escreve.

Eu gosto muito de escrever. mesmo já sendo julgado por uma escrita não ser tão boa quanto outros eu gosto mesmo assim.  A escrita para mim é uma arte. Eu coloco meus sentimentos nela e por alguns instantes meu dedos  entregam todo meu sentimento e pensamento. É terapêutico escrever.

Hoje é meu aniversário de 25 anos. E olhando para trás tem muitas situações que me arrependo e me chateiam, algumas, imagino eu, estarão comigo para resto de minha vida. Mas tem bastante situações e ações que me orgulho, uma delas  é o ato de escrever. Seja como terapia, seja como diversão, é uma arte de sensações que transfiro para o papel ou melhor para o notebook. Que lindo é escrever. Mesmo errado, mesmo sem coesão, mesmo com erros são sentimentos, amor, raiva, dor e alegria. É humano escrever. Nenhum outro ser se comunica como nós. Escreva!

Se eu posso dar um conselho para pessoas mais novas ou até para os mais velhos? É expressem-se, seja arte, viva a arte em sua essência. Não deixe o mundo caótico te transformar em um robô que não demonstra sentimentos. Somos humanos, seja humano. Eu desejo a alegria do mundo para todos, amanhã será outro dia, hoje é meu aniversário e meu presente é que todos tenham alegria e paz
.

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Quando o bloqueio criativo tem nome



Eu não estou com vontade de escrever meu livro, é isso. Não sei como ultrapassar esse bloqueio que estou passando, sinto um misto de preguiça e desanimo. Quero ser mais claro é preguiça. Esse sentimento que me faz querer voltar a não fazer nada e jogar vídeo games  o dia todo. Eu estou desempregado a muito pouco tempo e mesmo assim eu recebi férias, claro muito por causa da quarentena, que no início foi  de boa para mim, dormir até tarde e ficar jogando vídeo games? Maravilhoso, assim como poder ler, eu terminei dois livros e o terceiro que iniciei falta pouco para terminar. Mas assim que estava no final das minhas férias senti um vazio, faltava alguma coisa. Quando voltei a trabalhar de Home Office estava bem empolgado, mas veio a demissão e por fim precisava de algo, e o que eu fiz? Criei uma rotina.

Pensa comigo, já passei por momentos em que não tinha atividades fora de casa, seja para estudar para vestibular ou depois que me formei e fiquei em casa buscando emprego e estudando para concursos, mas nesses períodos tiveram os momentos nublados, esses momentos são referentes aos momentos que não tinha uma meta ou uma rotina, não fazia muito mais do que ver vídeos no youtube e jogar meu PS3/PS4 até a exaustão mas sabe o que acontece quando se fica sem rotina e sem o interação social? No meu caso foi um crescimento da depressão e desregulamento da minha ansiedade. Então sabendo que estava demitido e sem perspectiva de emprego próximo e dinheiro suficiente para me manter por um período eu pensei em criar uma rotina da minha quarentena de 2020. Eu voltei a escrever nesse blog, assim como comprei um curso de inglês online para enfim me tornar fluente e também foquei em praticar exercícios e acabar meu livro. Ótimas metas e uma boa rotina.

Ela funciona de maneira bem tranquila, acordo as 8hs e tomo café, arrumo a cama e etc.., após começo minha rotina de leitura de ler por uma hora ( Tenho um instagram onde coloquei a meta de chegar aos 30 livros esse ano, já que ano passado haviam sido próximos de vinte), após isso começo meu estudo de inglês, duas horas focado em estudar a língua  mais popular da cultura pop e uma das mais faladas pelas pessoas do nosso planeta, ao meio dia almoço e descanso até as 14h onde começo a escrever, meu foco é meu livro, no caso de hoje é fazer esse texto para o blog; termino a escrita até umas 16h onde começo um período meio que para resolver coisas pendentes, contas, e-mails e até mesmo ver vídeos e não fazer nada; ás 17:30 eu pratico exercícios com um app que promete resultados em 30 dias, após isso é descansar, ver filmes, séries e jogar vídeo games. Cansativo? Comparado com minha rotina de trabalho de 8 horas e duas horas de trânsito até que não chega a tanto, mas cansa. Minha cabeça fica cansada de tantos termos e verbos em inglês, assim como na escrita que mesmo tendo um outline exige bastante de criatividade e concentração. Mas sim hoje estou com preguiça.

Eu escrevi quatro dos cinco dias da minha rotina o livro nessa semana, ele se encontra com 90 páginas e 25 mil palavras e pouco. Mas hoje não estou com vontade de escrever ele.  Resolvi falar um pouco da minha rotina de desempregado/quarenteneiro. Já que não posso acabar com o problema muitas vezes escrever sobre ele me ajuda aceita-lo e perceber que já estou com quase 600 palavras (Passei agora quando escrevi “palavras” das 600) e isso poderia ser do meu livro. Mas algo que aprendi sobre expectativas é que muitas vezes as pessoas não estão esperando meu livro, na verdade muitas coisas que são criadas ninguém está esperando, então por qual motivo devo ter tanta pressa? Ou cobrança? Escrevi como meu planejado, não foi no livro, mas aqui já conta.

domingo, 10 de maio de 2020

A jornada




O Jogo Journey de 2013 estava disponível na psn até o dia 5 de maio. Eu, assim como outros players, faço o dowload de praticamente todos jogos gratuitos que são oferecidos e com o jogo da jornada não foi diferente. Que grata surpresa poder jogar um jogo como esse, diferente de todos que imaginei, Journey fala muito mais que alguns “triple A” recheados dos mais diversos investimentos. Journey é como próprio nome diz é sobre a jornada, e assim eu peço para me acompanhar nesse texto.

Muito escutei sobre a importância da jornada e como no final o que importa é o percurso. Isso aparece bastante em textos de autoajuda e até mesmo algumas das minhas sessões de terapia foram sobre esse tema, a jornada em busca de um objetivo. Posso citar as mais variáveis obras da ficção onde o início e o final pouco importam sem a presença do meio da história. Popularmente conhecido como 2º ato, é nele que a trama realmente encontra seu rumo e também nele que dificuldades e percursos são criados. Veja só se não seria o que vivemos hoje um grande segundo ato, com diversas cenas sendo criadas com seus próprios primeiros, segundos e terceiros atos sendo pequenas subtramas e uma trama maior. Explico melhor no próximo parágrafo minha ideia.

A vida seria então dividida em 3 atos clássicos, o primeiro seria sobre o nascimento, nossa vinda ao mundo na teoria ocorre de forma igual, claro alguns com mais dramas outros com menos emoção, mas normalmente somos fecundados em outro ser humano  do sexo feminino e dela nascemos e viemos ao mundo, seria então esse o fim do primeiro ato, pouco desenvolvimento até então. O segundo ato é o momento que vivemos hoje, somoss melhores desenvolvidos, temos desafios e momentos bons e ruins, além de ser um momento com muita singularidade, sendo diferente meu segundo ato dos meus pares, mesmo eles se cruzando em determinados momentos. O terceiro ato é comum para todos, é a morte, também apresenta particularidades, mas é no fim igual para todos. Então qual é o ato que modifica e define tudo? O segundo.

Journey, o jogo, é sobre isso,  um grande segundo ato, não tem um antes ou depois é apenas durante. Eu me encantei com o jogo, ainda mais em um momento difícil no qual o mundo está, talvez seja o nosso durante. Mas assim como a jornada de Journey ele acabará, pode ser o fim do nosso segundo ato como um todo, ou o fim de uma subtrama e ínicio de outra. Que mágico é a vida e a jornada, aproveite a sua.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Tudo pela fama?





Eu acho fantástico a vida de digitais influencers, eles ganham presentes, viagens e estão sempre aparentemente felizes e até quando tristes postam conteúdo falando sobre o tema. Eu queria e já tentei ter uma vida assim. Onde eu ia tirava fotos, planejava postagens e buscava sempre sair e utilizar a cidade onde vivo como um trampolim social. Viver dessa forma parece interessante e até mesmo fácil. Comparar a vida de um podcaster/youtuber ou Instagrammer com uma pessoa que trabalha 8 horas por dias de segunda a sexta é injusto. É trabalhoso viver como uma influenciador digital? até pode ser, mas não existe comparação com outras profissões.

Em minha busca para ser um influenciador de sucesso eu busquei um nicho. Vejamos, sou homem, branco, tenho barba, gosto de filmes, jogos, livros e quadrinhos, mas tem uma característica minha que poderia me evidenciar, sou gordo e com isso acabo tendo problemas e pressões de uma sociedade para que eu fosse uma pessoa padrão. Desde 2016 eu consumo influenciadores que lutam contra a gordofobia e a favor da causa Bodypositive, por qual razão eu não poderia me tornar um então? Eu fui atrás e comecei a imitar a forma como eles vivem e as coisas que eles falam. De forma mais contida eu fui atrás de uma militância que antes eu usava na teoria para uma militância mais presente em redes sociais, eu fiz no meu instagram o corpo gordo presente e utilizava as hashtags e usava os influenciadores como inspiração para minhas  fotos. 

Falando com um influenciador eu comecei a pegar as manhas e truques das redes sociais, principalmente do instagram. Ele me ensinou a utilizar as hashtags e também a prática de seguir e parar de seguir as pessoas. Com essas ferramentas ele hoje ostenta quase seis mil pessoas que o seguem. 

Eu então me perguntei qual o limite disso? o quão artificial são as pessoas que "lutam" para se tornar influenciadores? Eu me questionei o quanto estava utilizando uma militância para me promover e o quanto estava levando a sério. Não quero que me interpretem contra as militâncias, eu acho fundamental a presença e a união de minorias ou grupos excluídos, deve sim se ter uma prática de ocupação, mas qual o limite? ele existe?  Eu não quero me limitar a falar sobre Bodypositive, não quero fazer de uma militância minha vida ou ser alguém que as pessoas utilizem como referência a determinado tema. Não sou apenas um corpo gordo, sou um homem que assim como outras pessoas apresenta uma gama de interesses e gostos que me fazem muito maior que a militância.

Não julgo que influenciadores utilizem militâncias como promoção, muitos me auxiliaram na busca de  uma desconstrução sobre determinados assuntos. São pessoas necessárias . A vida deles é atrativa, mas não sei dizer se é uma vida real, uma super exposição da vida e do entorno pode se tornar problemática, por exemplo, o caso de casais que formam um projeto e acabam terminando e tendo que responder pelo projeto após meses de término. A conectividade de redes sociais é maravilhoso, mas se criaram bolhas que estão criando pessoas alienadas em função de militância e 
de gostos. A expansão da globalização e da popularização da internet fez em contrapartida o fechamento e comodidade de alguns grupos que não dialogam ou se colocam a prova a novas ideias e  ficam com a finalidade única de ocupar espaços para os mesmos.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Seriador aposentado


Nos longínquo ano de 2011 (oito anos!!!) eu fui introduzido as ferramentas de Download ilegal (Desculpa lei), Netflix e outros canais de streaming não eram populares e não se tinha uma variedade de séries em tv aberta, na época  eu gostaria de assistir o que queria assistir no momento que quisesse, e isso era possibilitado através dos downloads. Me lembro de entrar em um site e fazer o download em Rmvb da primeira temporada de Star Trek e assim se inicio minha vida de seriador.

Logo depois de Jornada das estrelas, eu fui assistir outras séries que tinham disponível, lembrando que todas em Rmvb, assisti Fringe, Supernatural, Battlestar Galactica, Eureka (nossa eu adorava Eureka), enfim eu via série de todos os tipos e gêneros, foi no ano de 2011 que comecei a ver a recente série Game of Thrones e também assistia The Walking Dead (quando era bom). Meu tempo também era diferente, estava no segundo ano do ensino médio e com poucas cobranças passava o dia com meus downloads e tudo que assistia anotava em um caderno para lembrar onde tinha parado. Era um período maravilhoso. Foi então que meu mundo mudou quando descobri as séries britânicas, Doctor Who, Black Mirror e Broadchurch, eu era muito viciado, aprendi muito do inglês na época com auxilio das séries. 

Esse período, 2011-2013, foi muito forte para mim, com a distração das séries eu conseguia desfocar um pouco das cobranças relacionadas ao vestibular e também  me sentia parte de um seleto grupo que discutia os episodio no site Minhas Séries (Foi com ele que abandonei o caderninho) e também em outros sites que possibilitavam marcar onde tinha parado de ver tal seriado. Eu tinha descoberto através do meu padastro o torrent, e com ele meu mundo sofreu novamente uma revolução. Agora eu não tinha que procurar mais em diversos sites diferentes e ainda por cima poderia ver em 720p e 1080p era um sonho, ai no final do ano surgiu o inesperado, a assinatura da Netflix.

O final do ano de 2013 foi marcado com a minha casa enlouquecida com as possibilidades, tinham séries boas e novas que queríamos muito assistir. Era desde House of Card até Marco Polo, eu via tudo, assim como fazia com a minhas séries baixadas, eu fazia com a netflix e queria colocar o catálogo em dia. E no serviço de streaming passava boa parte do meu tempo. Então veio 2015 e entrei na faculdade.

Com novos contatos e ainda por cima com as cobranças da faculdade eu mudei. Ao invés de 20, 30 séries eu via 2 ou 3, o número foi reduzindo, assim como a vontade de assistir uma série. As vezes com as cobranças de relacionamento mais faculdade eu só sentia vontade de chegar em casa e ficar vendo bobagens em redes sociais (Easter-egg do texto anterior). E assim foi minha vida ligada as séries diminuindo, ontem foi minha formatura na faculdade. Depois de quatro anos cheguei no final completamente diferente, lógico que eu ainda assisto algumas séries e hoje posso assinar serviços de streaming como Prime Video (Estou adorando American Gods). Mas eu mudei, evolui e criei novas importâncias para minha vida, talvez o Pablo de 16 anos preferiria ver Fringe e discutir o último episodio de Breaking Bad, mas o Pablo de 23 anos sabe que a realidade vai cobrar de nós outras posições com o tempo.

Assistindo as séries através dos serviços de streaming hoje mantenho vivo um pouco do Pablo de 16 anos, mesmo não discutindo o tempo todo o que assisto sobre séries e nem apresentando um  entusiasmo com a nova série do Steve Moffat. Eu continuo assistindo uma coisa aqui e lá. Enfim esse texto serve um pouco como percepção de como a sociedade mudou, muitos amigos mudaram a forma de consumir conteúdo e eu também, nós mudamos meus amigos, para melhor ou pior, nós mudamos!

Sou positivo?

Os meus últimos textos tem em comum uma positividade que reelendo eles muitas vezes não condiz com a minha realidade. Se você ler is...